Com o objetivo de conscientizar e garantir que a população tenha cada vez mais conhecimento acerca do tema, no dia 07 de maio, acontecem duas datas de extrema importância para o segmento da saúde: o Dia Mundial da Asma e o Dia Nacional de Prevenção da Alergia.
Como o Brasil conta com alta prevalência da doença, a campanha proposta pela Iniciativa Global Pela Asma (GINA) é muito importante, afinal, o foco principal (além de conscientizar) é também prevenir crises e mortes.
Tendo em vista que maio é um mês em que se iniciam os dias mais frios, a campanha criada pelo Ministério da Saúde para o Dia Nacional de Prevenção da Alergia, tem como objetivo alertar sobre as possíveis reações alérgicas que costumam atacar durante essa época, como é o caso da rinite alérgica, dermatite atópica e inclusive a asma alérgica (que também é lembrada neste dia e é o foco do texto de hoje).
Portanto, se você quer saber mais sobre o que é, diagnóstico e tratamento da asma alérgica, continue acompanhando este artigo na íntegra.
Todos os detalhes sobre asma alérgica
Vamos partir do princípio e compreender inicialmente um pouco mais sobre a asma. Trata-se de uma doença caracterizada pela obstrução das vias respiratórias, que antigamente era também conhecida como “asma brônquica” ou “bronquite asmática”, justamente pelo fato de haver o comprometimento dos brônquios. Essa obstrução se deve a fatores como contração dos músculos que envolvem os brônquios e a inflamação da parede dos mesmos.
No caso da asma alérgica, o principal desencadeante da inflamação e dos sintomas, é a exposição aos alergénios relevantes (substâncias estranhas ao organismo com características especiais que podem ser inalantes ambientais – como pólen, ácaro, assim como alergias alimentares).
Causas
Conforme citado, as causas da asma alérgica residem nas alergias específicas que a pessoa apresenta e geralmente estão associadas a outras doenças como rinite ou conjuntivite alérgica. Um desencadeante que também é muito frequente é o exercício físico (gerando o que se conhece por “asma de esforço”). Em muitas situações, inclusive na asma alérgica, o exercício pode ser o primeiro desencadeante reconhecido.
Sintomas e diagnóstico
Independente de se tratar de asma alérgica ou outra causa, os sintomas são sempre os mesmos. Tosse, falta de ar e pieira (conhecida como “chiadeira” vinda do peito ao respirar), sendo frequente a exacerbação noturna. Caso haja algum outro sintoma como tontura, é provável que não se trate de asma, pois os sintomas se restringem ao sistema respiratório.
O diagnóstico da asma alérgica é clínico e se baseia na ocorrência dos sinais e sintomas típicos e sobretudo associados a outras doenças alérgicas. Porém, existem exames como a espirometria que pode ser fundamental para apoiar a hipótese diagnóstica quando os sintomas começam a aparecer, além de outros testes que podem ser úteis como radiografia de tórax, teste de alergia, teste de capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO) e óxido nítrico exalado (FeNO).
Qual o tratamento para asma alérgica? Existe cura?
Não tem cura, porém existem diversas soluções para manter a doença controlada, garantindo qualidade de vida ao paciente. A asma alérgica, como qualquer outra doença crônica, necessita de um tratamento completo e que não seja baseado apenas em medicação.
Antes de tudo, o primeiro passo é educar o paciente e garantir que ele tenha acesso à informação sobre a doença (em que consiste, opções de tratamento, o que fazer em situações de manifestação de sintomas, quando procurar um médico, como gerir a terapêutica, identificar quais os alergénios e como evitá-los).
O tratamento da asma alérgica por meio de medicamentos é geralmente feito com inaladores (conhecidos como “bombinhas”), que possuem broncodilatadores e anti-inflamatórios com doses ajustáveis ao longo do tempo, respeitando cada caso e os resultados do tratamento.
Além disso, as vacinas para alergias também são um recurso existente, que permite excelente controle da doença. Quando os sintomas são unicamente desencadeados por alergia, pode-se indicar a imunoterapia.
Importância da abordagem multidisciplinar
O paciente diagnosticado com asma alérgica, necessita de um acompanhamento especial, composto por uma equipe multidisciplinar que envolvam médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e inclusive médico alergista, para que seja possível realizar o tratamento da melhor maneira possível.
Pacientes são diagnosticados de forma precoce e são encaminhados ao tratamento adequado, podem contar com uma melhora significativa na qualidade de vida e para isso, é fundamental contar com um profissional capacitado para realizar o atendimento e acompanhamento deste paciente.
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